24.9.07

Olhos de vidro

Lágrimas escondidas
com décadas de espera
... nas costas dos meus olhos de vidro

Não saiem, nem querem.
Pedantes, rebolam-se de riso histérico,
pela coragem há muito perdida
dos olhos que as carregam, à solta, por detrás das pálpebras

Esmurrem-me, cortem-me a cabeça
Vertam-me as lágrimas à custa de ossos partidos e unhas arrancadas.
Tirem-mas e por favor deixem-me viver.

Tirem-mas e prometo que vos arranjo mais.