Lágrimas escondidas
com décadas de espera
... nas costas dos meus olhos de vidro
Não saiem, nem querem.
Pedantes, rebolam-se de riso histérico,
pela coragem há muito perdida
dos olhos que as carregam, à solta, por detrás das pálpebras
Esmurrem-me, cortem-me a cabeça
Vertam-me as lágrimas à custa de ossos partidos e unhas arrancadas.
Tirem-mas e por favor deixem-me viver.
Tirem-mas e prometo que vos arranjo mais.