24.9.07

Olhos de vidro

Lágrimas escondidas
com décadas de espera
... nas costas dos meus olhos de vidro

Não saiem, nem querem.
Pedantes, rebolam-se de riso histérico,
pela coragem há muito perdida
dos olhos que as carregam, à solta, por detrás das pálpebras

Esmurrem-me, cortem-me a cabeça
Vertam-me as lágrimas à custa de ossos partidos e unhas arrancadas.
Tirem-mas e por favor deixem-me viver.

Tirem-mas e prometo que vos arranjo mais.

2 comentários:

mar disse...

olá. vi os teus poemas e achei por bem deixar-te este comentário.
fico feliz que ainda escrevas pelo escritacriativa.com tem sido difícil afastar-me daquilo.
o meu nome é margarete e =) deixei-te um beijo aqui e o meu orgulho em puder ler-te.
Bom*

Renháu disse...

gato passa
distraído?
parece andar

na sua vida
gato ouve vê cheira
não reage mas conhece
gato vê para lá do vidro
gato vê-se ao espelhoolhos
renháu