3.10.08

O Rumo

O rumo de pálida face
Prega rasteiras ao desesperado,
partido e desengonçado
homem cambaleante.

O homem senta-se de novo na pedra fria
e olha em redor.
Espera desespera,
o sol passa depressa.

A noite é assim,
dama negra lantejoula
Ofusca os olhos com escuridão enganosa
parece abraço quente de mulher fria.

E o rumo desaparece mais uma vez,
segue por si, para outra alma qualquer.
Mais uma vez este homem o perde,
Mais uma vez sem sentido se deixa ficar.

2 comentários:

mar disse...

de volta a este rumo para te ler, ainda que ler-te seja um exercício diário miguel.
mais uma vez te digo que, apesar do desaparecimento do escritacriativa.com tens potencial para muito mais, outras alternativas. há um blogue que gostava que visitasses
http://mal-situados.blogspot.com

passa por lá e deixa-nos as tuas opiniões, para quem gosta de escrever e ler, é a casa ideal.
um beijo *

p.s. um beijo terno deste mar.

Renháu disse...

rumo sardinha
sardinha viva
viva nada
nada água
água fria
gato arrepia
homem sem rumo
gato sem pêche
Renháu