Invisível, contorna-me a casa.
Oiço-lhe a respiração arranhada.
O pisar das folhas secas,
O roçar nas paredes.
Reconheço-lhe a fronte, mais uma vez.
Entra, entranha-se.
Grunhe, poderoso. Rasgante.
Expulsa o sangue, o meu.
Olha-me sem olhos, nos meus.
Aperta-me mais,
Arranca-me os laivos finais.
Da alma já seca.
Depois ri, ofegante.
Dentes sujos de restos meus
Afasta-se e contorna-me a casa,
Mais uma vez.
Sem comentários:
Enviar um comentário