5.7.05

O Mergulho

Embora lhe doa respira fundo e mergulha no escuro tépido. E fá-lo novamente. E depois, e depois, repetindo-se até ficar sem forças ou quaisquer tipos de vontades. Cá fora, sentindo a brisa fria, encolhe-se olhando o fundo. Não vê nada, à excepção de pequenos clarões de um azul fugidio. Imagina-se a mergulhar de novo mas a cabeça cai-lhe sobre os ombros, cansada. Gotas do líquido escorrem-lhe dos olhos. O cabelo húmido cola-se ao crânio, lembrando-o da sua pequenez. Assim, desajeitado, deixa-se morrer sem saber bem porquê.

1 comentário:

Anónimo disse...

Será que ainda sabes nadar?
Rei Neptuno!